Depois do uso das fraldas, começa para os pais e para a criança, a saga que representa o uso do bacio. E se umas crianças conseguem começar a usar este utensílio cedo, outras rejeitam-no linearmente.
A criança fica preparada fisiologicamente para usar o bacio entre os 18 e os 24 meses de idade.
É nesta altura que ela já pede para ser trocada, quando sente as fraldas sujas. A partir dos 24 meses, a criança controla já os impulsos e os pais devem estar atentos, especialmente para as expressões faciais.
Quando se decide fazer o treino do bacio, deve tirar-lhe as fraldas e sentá-la a intervalos regulares de 30 minutos ou de hora a hora, nunca mais do que 10 minutos. Pode ainda levá-la à casa de banho, se bem que ali seja mais difícil a adaptação, uma vez que esta não está preparada para a sua altura.
Assim, deve colocar-lhe um pequeno degrau, ou qualquer outro objeto estável , para que ela tenha os pés bem assentes e que lhe facilite o acesso.
A maioria das crianças atinge o poder de continência durante o dia, entre os 30 e os 36 meses de idade, embora seja bom não se fiar inteiramente, porque podem ocorrer acidentes, por esquecimento. A partir dos 48 meses, já deve conseguir passar uma noite inteira sem fazer nada nas fraldas.
Os primeiros passos para a criança se adaptar ao bacio, é leva-la a usá-lo quando precisa e não colocá-la ali após ter feito as suas necessidades na fralda. Tome atenção às diferentes alturas em que ela costuma urinar ou defecar, e aponte esses períodos para a colocar no bacio. Depois de alguns dias de verificação, será fácil detectar um padrão, que demonstra que ela está preparada.
Comece por lhe retirar as fraldas por períodos cada vez mais longos e incentive-a a sentar-se no bacio, criando mesmo um espaço de brincadeira onde este será o objecto principal, embora deva ser sempre colocado na casa-de-banho, também para que a criança se aperceba das funções daquele espaço.
Uma palavra especial, que ela pode utilizar de cada vez que tiver vontade de utilizar o bacio, pode ajudá-la a expressar as suas necessidades. Recompense-a sempre que ela conseguir cumprir com o que lhe foi proposto.
Colocar-lhe umas cuequinhas finas, sem fralda, vai fazer que, quando se descuidar, se sinta desconfortável, o que a levará a usar o bacio, para evitar essa situação.
O uso de roupas que pode vestir e despir facilmente ajuda-a nas situações mais urgentes e dá-lhe um sentimento de autonomia por poder despir-se sem auxílio.
Se a criança tiver um acidente, a melhor abordagem é chamar-lhe a atenção, sem gritar ou bater, e dizer-lhe para a ajudar a limpar a sujidade do chão ou da roupa.
Algumas crianças parecem criar aversão ao bacio ou à sanita ainda antes de os começarem a utilizar. Cabe aos pais tentar descobrir porquê. Não obrigue a criança a sentar-se no bacio ou na sanita, ignore-a nesses acessos, mas não lhe coloque a fralda. A vontade será mais forte que a teimosia.
Apenas depois de ter sido criado o controlo diurno se deverá retirar por completo as fraldas durante o sono, levando-a a fazer as necessidades antes de dormir e acordá-la mesmo uma vez durante a noite ou a sesta para a pôr fazer.
Apesar de tudo, é preciso ter em conta que cada criança é um caso e os pais devem tomar atenção aos sinais particulares de desenvolvimento.