Há quanto tempo não fala com o seu pai? Este podia ser o título deste livro, de Will Glennon, que pretende aproximar os filhos da figura paternal, hoje em dia tão complicada de praticar e de entender.
Baseado na narração de cem casos recolhidos pelo autor, muitas são as situações apresentadas e as respostas à sua solução ou à forma como devem ser encaradas, que o autor propõe.
Essencialmente, é necessária uma maior comunicação, para que duas gerações, sempre tão opostas, não se percam na dureza das expressões e na rotina do stressante dia-a-dia.
Aprender a participar na vida dos filhos, sem a desculpa de que os horários de trabalho não o permitem, é o objectivo primordial deste livro, para além de levar os que são pais a encararem a situação como uma experiência enriquecedora.
Das situações de divórcio, às eternas zangas, que duram até à morte de uma das partes, passando pela descoberta do nascimento, estas são algumas das histórias que esperam pelo leitor neste livro editado pela Temas e Debates.
Essencial é o despertar para o tempo perdido no trabalho, tempo roubado aos filhos e à família, a que o autor do manual responde com uma fórmula simples: redefinir globalmente o papel do pai.
E como refere uma das histórias, a determinada altura numa conversa entre um pai e um filho que passa pela revelação da paternidade: “Filho, cometi os meus erros como pai; agora é a tua vez.”