Licença de parentalidade

Ai, custa tanto. Agora que já sabe como colocar as fraldas e que ele parece começar a querer falar consigo é que terá de o entregar a terceiros. É terrível este mundo do trabalho.

Se bem que muitas mulheres sonhem com as suas carreiras, a ideia de largar tudo para ficar com os filhos é algo que passou pela cabeça de todas as recém-mamãs.

Não que o emprego não compense mas há alguma coisa melhor do que estar perto daquele corpinho tão frágil e necessitado do nosso amor?

A lei permite que sejam gozados“ 120 dias consecutivos, 42 dos quais necessariamente a seguir ao parto, (até Abril de 2016 são 120  ou 150 dias consecutivos) podendo os restantes ser gozados, total ou parcialmente, antes ou depois do parto.”

Para beneficiar destes direitos terá de comunicar à empresa empregadora o estado de gravidez, puerpério e amamentação, por escrito e acompanhado por um atestado médico comprovativo.

Mas a necessidade fala mais alto e é preciso voltar ao trabalho. Com quem o vai deixar?

A melhor opção é sempre com os avós ou outra pessoa da família, em quem deposite a sua confiança e que vai tratá-lo ainda com mais mimos do que a própria mãe.

O contra é que uma avó vai sempre querer dar a sua opinião acerca da educação da criança e isso pode gerar alguns conflitos, que terão de ser enfrentados com calma e muita diplomacia.

A segunda hipótese passa por o deixar no infantário, mas as preocupações são muitas, pois nem todos os locais estão preparados para receber bebés com apenas três meses. Além disso tem o inconveniente de serem mais facilmente propagadas infecções e bactérias que podem prejudicar o bebé. O infantário está também sujeito a horários, o que nem sempre é bom para quem tem muitas horas extra a fazer.

Contratar uma empregada para casa ou entregar a criança a uma baby-sitter, dá-lhe a certeza de que o bebé terá toda a atenção possível mas terá de ser uma pessoa da sua inteira confiança. Se não conhece ninguém assim, procure os anúncios mas conheça as pessoas e fale bastante com elas antes de ter o bebé, e se possível tire referências com a vizinhança. Nada é demais no capítulo da segurança. Desta forma conseguirá criar laços de confiança e ficará mais descansada no trabalho.

Isto não a vai impedir de ligar três vezes em cada trinta minutos para saber se está tudo bem e de não se conseguir concentrar no trabalho, mas com o tempo as coisas voltarão a entrar nos eixos.

Esta hipótese é talvez a mais cara e nem sempre resulta em ser a melhor, porque a pessoa pode falhar em qualquer ponto e você vai ter de estar dependente dela.

A melhor hipótese em todos os aspectos, do ponto de vista de qualquer mãe, é ficar com o bebé. Como sabemos isso é quase impossível nos dias de hoje, sobretudo no caso de casais jovens que têm também de se preocupar com a subida das taxas de juro das casas de habitação. Além disso, ao fim de alguns meses vai começar a entrar numa rotina e as coisas podem parecer bem diferentes, com muito tédio.

No caso do seu filho parecer estar mais ligado aos avós, amas ou educadoras de infância que aos pais, não desespere. Tudo pode ser resolvido com algum tempo extra dedicado apenas a ele, dando-lhe a certeza sempre que o ama acima de tudo.

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