A personalidade da criança, forma-se logo à nascença. Tudo o que interioriza, está relacionado com o mundo em seu redor. Aprende a chorar, a pedir as coisas, através de uma linguagem que ela própria definiu e, que os adultos descodificam.
Afinal, a linguagem das crianças é universal, tal como o é, a forma de construir a personalidade. As crianças exprimem-se a partir de pequenos códigos gestuais que, vigoram ao longo dos tempos sem que a sua convencionalidade, tenha sido previamente definida. Parece que todas nascem “ensinadas”, pois têm uma forma universal de chamar a atenção: chorar.
Este é o indício característico, de que algo não corre da melhor forma, para elas. Basta dar a devida atenção e carinho que a criança merece e necessita e, o choro não se fará sentir com tanta frequência. Porém, o acto de chorar não desaparece totalmente, mas as melhoras são notáveis. Nas alturas de doença ou de fome, o choro será certamente mais intenso. Esta é a linguagem da criança, por isso, não dramatize a situação.
Nos primeiros meses de vida, o choro é um reflexo das suas necessidades primárias, como ter fome, sono ou, quando quer lhe mudem a fralda. Os sorrisos começam a surgir, inocentemente, em resposta aos mimos, que a criança recebe. O momento dos primeiros sorrisos, será uma fotografia bem definida na sua memória. Acredite.
Quando a criança cresce, os gritos de alegria ou irritação e os gestos feitos com a mão, começam a aparecer naturalmente. Ao dar os primeiros passos e, antes de ter um ano de vida, as palavras “Mamã” e “Papá”, começam a sair da boca da criança quase que, por magia. Ainda assim, a criança aprecia particularmente um vocábulo: o “Não”.
Á medida que o seu comportamento evolui, a criança começa a ter cada vez mais certeza, daquilo que realmente quer. O relacionamento com os pais e com o mundo que a rodeia, é muito importante. Mas, há uma figura indispensável: a Mãe.
A cumplicidade entre a mãe e a criança, determina mais tarde, o seu comportamento e afectividade com os outros. O carinho recebido nesta fase, vem determinar no futuro a forma de se relacionar intimamente, com os outros.
Entre o primeiro e o segundo ano de vida, as crianças começam a descobrir-se, umas às outras. Essa relação pode ser baseada na amizade ou, na disputa pelos brinquedos que, cada uma acha serem somente seus. Nesta altura, a criança já deve ter interiorizado o conceito de partilha, para evitar uma personalidade egoísta no futuro.
As emoções devem ser explicadas e descritas às crianças. A tristeza, alegria, medo, irritação, são expressões que a criança deve começar a distinguir, a partir de exemplos dados pelos pais.. As demonstrações de carinho já são mais fáceis para as crianças serem compreendidas, pois em princípio o seu lar deve ser coberto desta harmonia de carícias.
Mesmo já conseguindo ter alguma noção dos seus desejos, a criança ainda tem dificuldade em perceber, o que os outros estão a sentir ou a pensar. Isso só é possível a partir dos dois anos e meio, quando a criança já tem uma visão mais nítida das coisas.
O fundamental é os pais compreenderem, que a personalidade de uma criança, vai-se formando ao longo do seu crescimento, tanto a nível pessoal, como afectivo. É desde muito novos, que adquirem conceitos e ideais, que mais tarde terão os seus reflexos.
A personalidade nasce muito cedo e, solidifica-se com o tempo. As acções e comportamentos do seu filho são, em muitas situações, o reflexo daquilo que em criança, interiorizava, das atitudes dos pais e, do mundo que o rodeava. A criança pode não falar, mas sente… Interiorize você também, esta ideia…