Beber água

Ela está no elemento uterino e faz parte das nossas primeiras sensações. É indispensável ao organismo e um prazer para os tempos quentes que vivemos. E se nós gostamos de mergulhar e chapinhar na água.

Durante nove meses, os bebés estiveram submersos em água. É natural que na banheira se sintam tão bem como nessa altura. São felizes rodeados de água, até numa pequena banheira. Na piscina são mesmo admiráveis, onde flutuam, mergulham e mantêm em pleno o reflexo de bloquear a respiração quando precisam.

Os mais crescidos fazem birras para sair da água, na praia ou na piscina e adoram a hora do banho. E se puderem, nunca deixam de saltar para uma poça de chuva.

Quando começam a aprender a nadar, o prazer passa a delírio. Estar no elemento que é quase natural, sem restrições de bóias e podendo movimentar-se à vontade, é o supra-sumo da felicidade.

E os pais devem deixar que esta alegria e este prazer se mantenham e sejam cultivados, porque a água oferece inúmeros benefícios e pode ser extremamente pedagógica.

É no banho que começa a brincadeira. Chapinhar, ver flutuar os membros e brincar com pequenos objectos de borracha é muito mais importante, para o bebé, do que a higiene, da qual ainda não tem noção.

Para os pais, a hora do banho deve ser sagrada, porque se trata de um momento de partilha com a criança e pode ainda começar a ensinar-lhe novas coisas através de encher caixas com água e despejar, para a criança perceber as noções de volume, ou como as coisas flutuam e afundam consoante o seu peso.

Na praia, as possibilidades são infinitas e cabe-lhe a si partilha-las com ela, desde correr, brincar com bola ou disco (sempre com respeito pelas pessoas que estão por perto, porque a educação é muito bonita), chapinhar ou fazer amigos. Para os bebés, basta-lhes um balde e uma pá.

Como todas as actividades, estas só podem dar prazer e divertimento se forem devidamente vigiadas pelos adultos. Em casa, não tire os olhos da criança nem por segundos, porque bastam três centímetros de água e alguns segundos, para o bebé se afogar.

Na praia, está mais que visto, a vigilância tem de ser permanente e não caia na tentação de esperar que ele se porte bem, porque um minuto a brincar sossegado no chão, não significa que ele estará ali no minuto seguinte.

Apesar de toda a alegria que a água pode proporcionar, muitas são as crianças que temem até a hora do banho. Nada pode levá-la a gostar se não o tempo, por isso não as force, o que apenas iria criar um sentimento maior de medo e de revolta. A única atitude sábia a tomar é dar-lhes tempo para descobrir o prazer da água.

No caso dos bebés que choram no banho, há maneiras de lhes apaziguar o medo. Comece por colocar alguns centímetros de água na banheira, sente-se lá dentro com o bebé ao colo e tenha próximo alguns dos seus brinquedos preferidos. Se continuar com medo, lave-o com uma toalha húmida e volte a tentar no dia seguinte.

Muitos pais parecem temer que a água possa fazer qualquer mal aos seus filhos, mas se tiver em conta toda a carga pedagógica que esta possui, esses medos deixarão de ter lugar.

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