O coelhinho palerma
O coelhinho palerma

Era um coelhinho tristinho que vivia, coitadinho, a olhar para o espelho…

– Olha que orelhas compridas e que rabinho pequeno.
Oh mãe, porque sou tão feio? Porque já tenho em miúdo, estes bigodes de velho ?

E a mãe que respondia:

– Porque tu és um coelho.

E o coelhinho perguntava e era assim que dizia:

– A raposa é mais bonita! Tem tudo, tem as orelhas pequenas e tem um rabo peludo.

E a mãe respondia:

– Porque é raposa. É um animal diferente.

Mas o coelho pensava:

É nada!  Faço um rabo de raposa com maçaroca de milho fico logo igual a ela.

E o que foi que ele fez?

Da maçaroca fez rabo, com folhas fez um chapéu, para tapar as orelhas e lá vai ele a “estilar” contente o coehinho raposo contente, muito vaidoso  pela mata a passear.

Foi então que alguém saltou,  que alguém por detrás o agarrou, e começou a falar:

– Vem cá meu raposinho fingido, meu coelhinho atrevido, que vais dar um bom jantar.

Quem falava era a raposa, a raposa verdadeira.
E o coelho, coitado!  Não encontrava maneira de fugir, de escapar…
Chorou, gritou por socorro  ( Ai, minha mãe! Ai que eu morro !)  não parava de chorar.

Morreu então o coelho, comido pela raposa?

Não senhor, foi pura sorte.

Porque à primeira dentada, que a raposa lhe deu, o rabo de raposinho, o rabo de maçaroca, soltou-se…  e o coelhinho fugiu, rapidinho… rapidinho p’ró fundo da sua toca.

Olha só se ele tivesse como gostava, vaidoso  um rabo grande e peludo como tem qualquer raposo!

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