Há três maternidades privadas que não colocam pulseiras de identificação nos bebés. A auditoria da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde descobriu também clínicas privadas que fazem partos sem neonatologistas nem anestesistas.

As pulseiras que identificam os recém-nascidos e que impedem que haja troca de bebés são obrigatórias em todas maternidades. Mas há três clínicas privadas no país onde os bebés não são identificados.

A auditoria da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde descobriu várias situações irregulares. Das 25 maternidades privadas visitadas pelos inspectores da saúde apenas duas cumprem a lei, todas as outras estão em situação irregular. Faltam pediatras neonatologistas e até anestesistas durante os partos.

Há locais onde as grávidas fazem cesariana apenas com a assistência de um obstetra e um enfermeiro. A lei obriga a que uma qualquer cirurgia seja feita com a presença de anestesista.

Uma situação que se torna ainda mais grave dado o número de cirurgias que são feitas nos hospitais privados onde 65% dos partos são feitos por cesariana, mais do dobro das que se fazem no Serviço Nacional de Saúde.

Os inspectores e os peritos que visitaram as clínicas defrontaram-se ainda com a falta de enfermarias próprias para grávidas.
Apenas oito clínicas privadas têm internamento exclusivo em obstetrícia.

Caso haja complicações, as mães e os recém-nascidos ficam à mercê dos médicos que estão em casa à espera de serem chamados.

A Inspecção-Geral entregou já o relatório à ministra Ana Jorge que terá de tomar uma decisão em breve.

Segundo a boa prática clínica, hospitais públicos e privados têm as mesmas regras e os que não estejam em conformidade com a lei não podem funcionar.

Os hospitais privados de Lisboa, o Lusíadas e o da Luz não foram incluídos nesta inspecção pois ainda não tinham aberto ao público.

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